Estudo: Calor poderá matar mais de 74% da população mundial


O estudo publicado pela revista científica Nature Climate Change, alerta que 74% da população mundial estará exposta a ondas de calor mortíferas em 2100, se as emissões de gases com efeito de estufa continuarem a subir nas atuais taxas.














As mudanças climáticas podem aumentar o risco de condições que excedam a capacidade de termorregulação humana. Embora numerosos estudos relatem aumento da mortalidade associada a eventos de calor extremo, a quantificação do risco global de mortalidade relacionada ao calor continua a ser desafiadora devido à falta de dados comparáveis ​​sobre mortes relacionadas ao calor.

Contudo com base numa análise global de eventos de calor letal documentados em 1980 e 2014 foram feitas  para identificar as condições climáticas associadas à morte humana e depois quantificada a ocorrência actual e projetada as condições climáticas mortais em todo o mundo.

Revisados os artigos publicados entre 1980 e 2014, encontrou-se 783 casos de excesso de mortalidade humana associada ao calor de 164 cidades em 36 países (como pode se observar o mapa que se segue).







Com base nas condições climáticas desses eventos de calor letal, identificou-se um limiar global para além do qual a temperatura média diária do ar e a humidade relativa tornam-se mortais.
Cerca de 30% da população mundial está actualmente exposta as condições climáticas que excedem este limiar mortal por pelo menos 20 dias por ano.

Até 2100, esta percentagem deverá aumentar para  48% em um cenário com reduções drásticas de emissões de gases de efeito estufa e 74% em um cenário de emissões crescentes. Uma ameaça crescente para a vida humana pelo excesso de calor.

Agora parece quase inevitável, pois mesmo com redução das emissões, quase metade das pessoas estará em perigo (48%) mas será muito agravada se os gases de efeito estufa não forem consideravelmente reduzidos,alerta o estudo.


O estudo foi liderado pelo professor de Geografia do departamento de Ciências Sociais da Universidade do Havai em Manoa, Camilo Mora, que defende que agora as alternativas que existem para tentar controlar este efeito está “entre o mau e o terrível

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