Até que ponto o ensino à distância é uma alternativa viável para contornar os problemas de acesso ao ensino geral em Moçambique?

Depois de introduzido no primeiro ciclo do nível Secundário, a modalidade ensino à distância, já tem uma replicada no segundo ciclo.

Não estou contra esta modalidade de ensino mas questiono as condições que o país oferece para tornar praticável esta forma de transmitir conhecimento, o nível de preparação dos beneficiários para assimilar a plataforma e propiciar resultados plausíveis.

Hora, a implementação do sistema no primeiro ciclo já tem alguns anos será que já se fez uma avaliação para se apurar até que ponto a alternativa está sendo viável por forma a merecer uma replicada para o segundo ciclo?

Se os alunos em ensino presencial somam classes sem saberem nada,qual é o cenário no ensino à distância?

Sou da opinião de que o governo devia pensar em outras alternativas.Não creio que o país tenha condições para tornar a modalidade praticável e produzir resultados bons como se almeja pior sendo num sistema educativo já pirateado e doente, para além de que estamos a falar de alunos que vão a níveis de Secundária com bagagem académica pobre e incipiente.

Trabalhar-se em parceria com privados, talvez podia ser uma das alternativas viáveis para minimizar o problema de vagas a este nível. Não sou muito apologista do ensino à distância para este nível...

Todos estes cenários (ensino a distância,mudança de liderança, famosas passagens automáticas,curriculos pirateados etc), me parecem pressupostos válidos para sustentar o pensamento ao qual alguns acreditam de que, é um objectivo planificado (por quem não sei),formar moçambicanos de forma deficitária de forma a tirar proveito do seu "obscurantismo"...enfim quê fazer!