"AS VICISSITUDES DA IMPRENSA MOÇAMBICANA"!
Tem sido recorrente a discrepância enorme que existe
na forma de abordagem dos principais assuntos que mexem com o país na
actualidade entre a imprensa pública e a privada.
No contexto em que o país tem registado com alguma
preocupação situações socio-politicas pouco abonatórias ao país,a forma como
esses assuntos tem sido reportados e analisados pela imprensa vezes há deixa
confuso o destinatário pois este chega a não saber quem retrata a verdade...
A realidade mostra que, tem sido duas perspectivas
muito antagónicas que são assumidas em que por um lado a imprensa pública tenta
transmitir uma simpatia que tem do governo sempre numa óptica de salvaguardar
uma boa imagem e atribuir responsabilidade da situação política actual do país
a Renamo e por outro a privada que deixa transparecer uma visão mais crítica a atitude
e forma de agir do governo e do seu partido, por vezes colocando esses
(politicos do partido e FDS) como responsáveis pelo conflito militar e pela
migração de pessoas para o Malawi.
"As duas distintas verdades" perante mesmo assunto que teem nos
reportados, deixam - nos confusos e a mim particularmente pois já nem sei quem
fala verdade...do pouco que sei do jornalismo é que ele tem que ser exercido
com imparcialidade,isenção etc...e sempre assente na VERDADE DOS FACTOS.
A nobre missão de informar exige responsabilidade
acima de tudo pois ,a informação que é transmitida tem um impacto enorme na
forma de pensar e até de agir ao receptor.. .não pode-se sobre pôr interesses
acima da verdade ....não se pode praticar o exercício de jornalismo com intuito
de satisfazer vontades de pessoas ou grupos,de bajular só para crescer,de
manipular ou inventar noticias só pra chamar a audiência e vender mais o
"peixe"...
Acho eu que compatriotas que são as pessoas que
exercem a profissão de jornalismo em Moçambique , tem a missão também
contribuir para o bem da nação porque não é benéfico para o desenvolvimento do
país defender práticas e atitudes nocisas e nem atiçar problemas para tirar
vantagens competitivas no mercado jornalístico pois estaríamos a criar brechas
para os amigos do alheio (que estão atentos ao país pela propelada riqueza
existente)de alimentar o conflito e tirar vantagens ao seu interesse.
Sou da opinião de que a imagem e o futuro que o país
está difundir e criar é produto das nossas acções por isso somos todos
responsáveis na sua boa edificação.
As consequências do apogeu do caos não são sentidas
só pelo governo e seu o partido ou pela Renamo mas sim por todos e sobretudo o
pacato cidadão que estará a pagar cara a factura da apatia por não se agir de
forma coerente, racional e responsável na identificação e divulgação de
melhores saídas para a crise sócio-política que nos aflige e não agudiza-la
através da promoção de "debates
enfadonhos "e difusão de notícias vezes há inconsistentes e
tendenciosas.
Por isso sou da opinião de que a imprensa sobretudo
a pública não deve ser protagonista directa de acções de desinformação pois a
vossa estrutura e missão já vos confere outra responsabilidade de informar com
responsabilidade, educar e transmitir valores patrióticos e não para satisfazer
vontades particulares e nem para dar respostas de" encomendas politicas" pois isso cria intrigas e desavenças na
sociedade política e não só.
A literatura moderna apelida a imprensa como sendo o
quarto poder existente depois do executivo, legislativo e judiciário então..gozem
do vosso poder e ajudem na construção de uma sociedade bem informada e de uma
opinião pública crítica e responsável preocupada com o bem estar de toda a
sociedade e não de miniaturas.
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